A influência
das línguas africanas
no português brasileiro
Yeda Pessoa de Castro
Do século XVI ao século XIX, o tráfico transatlântico trouxe em cativeiro para o Brasil quatro a cinco milhões de falantes africanos originários de duas regiões da África subsaariana:a região banto, situada ao longo da extensão sul da linha do equador, e a região oesteafricana ou “sudanesa”, que abrange territórios que vão do Senegal à Nigéria.
A região banto compreende um grupo de 300 línguas muito semelhantes, faladas em 21 países: Camarões, Chade, República Centro-Africana, Guiné Equatorial, Gabão, Angola, Namíbia, República Popular do Congo (Congo-Brazzaville), República Democrática do Congo (RDC ou Congo-Kinshasa), Burundi, Ruanda, Uganda, Tanzânia, Quênia, Malavi, Zâmbia, Zimbábue, Botsuana, Lesoto, Moçambique, África do Sul. Entre elas, as de maior número de falantes no Brasil foram o quicongo, o quimbundo e o umbundo. O quicongo é falado na República Popular do Congo, na República Democrática do Congo e no norte de Angola. O quimbundo é a língua da região central de Angola. O umbundo é falado no sul de Angola e em Zâmbia.
Quanto às línguas oeste-africanas, chamadas de “sudanesas”, as mais importantes foram as línguas da família kwa, faladas no Golfo do Benim.
O iorubá é uma língua única, constituída por um grupo de falares regionais concentrados no sudoeste da Nigéria ijexá, oió, ifé, ondô, etc.) e no antigo Reino de Queto (Ketu), hoje, no Benim, onde é chamada de nagô, denominação pela qual os iorubás ficaram tradicionalmente conhecidos no Brasil.
No entanto, apesar dessa notável diversidade de línguas, todas elas têm uma origem comum que é a grande família lingüística Níger-Congo. Logo, são todas línguas aparentadas.
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Assista ao vídeo: Uma vida dedicada ao ensino e à divulgação do português brasileiro na África e no Caribe e das línguas e culturas africanas no Brasil
Palestra realizada pela Profa. Dra. Yeda Pessoa de Castro, UNEB,
na Casa das Áfricas, em 2007.
Produção: Anthares Multimeios.
Câmera: Gianni Puzzo.
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